Assim Vamos

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29.3.03

A resistência iraquiana fez com que ao fim de uma semana as cidades do sul ainda resistam às forças invasoras. Mais difícil do que se esperava, face à diferença de forças e também face ao sul pouco apoiante de Saddam. É significativo que cidades junto ao Kuwait ainda não estejam dominadas.

Vergonhoso para a táctica militar americana é ter uma coluna militar a avançar para norte e que sofre de tais carências logísticas que a água, alimentos e munições começam a ter de ser racionados. Existe a possibilidade de estas forças virem a ser cercadas de sul e norte e passarem por um mau bocado. Resta saber se os iraquianos, vigiados permanentemente por satélite, têm forças e capacidade de surpresa para um tal ataque.

indistinto 20:41 - [Link] - Comments ()
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28.3.03

Muito se falou já dos soldados mortos mostrados na televisão. Se se mostram os civis mortos e mutilados, porque não os mortos?
Invoca-se a convenção de Genebra. Então e as imagens de soldados iraquianos prisioneiros?
As televisões nos EUA e Reino Unido são tímidas a mostrar imagens de morte, soldados ou civis. A Al Jazeera, por seu lado, mostra o mais possível. A transparência exige que se mostre a guerra como ela é: horrenda, cruel, sangrenta. Podem fazê-la, mas há que ter coragem para conhecer as consequências.

Muita gente pensou em rendição rápida, em sublevações. A campanha área de bombardeamento pesado afinal não gerou tanto choque e espanto como previsto. As tropas avançaram demasiado depressa para Bagdad e esqueceram-se de proteger a rectaguarda. Alguém anda a fazer asneiras nos simuladores de guerra usados no Pentágono!

indistinto 18:06 - [Link] - Comments ()
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27.3.03

O avanço militar não se traduziu ainda em júbilo nem rendições. Esperar que um exército se renda facilmente, é idiota: os combatentes têm por missão defender o seu país, o seu povo, a sua posição. Será que os generais americanos admitem ou acham louvável que um dia as suas tropas se rendam face a um hipotético adversário mais forte? Então porque o esperam dos iraquianos?
Quanto ao júbilo, porque é que o povo do sul, traído em 1991 pelos americanos, e agora bombardeado, deve receber os invasores de braços abertos?

Se a Espanha nos viesse invadir e livrar de Salazar durante a ditadura, ter-nos-íamos rendido e jubilado as suas forças? Eu não, e acredito que só um traidor o faria. Como a história demonstrou, resolvemos o assunto pelas nossas mãos e sem ajudas externas - e, mais importante ainda, sem derramamento de sangue. Os americanos têm muito a aprender connosco.

indistinto 22:35 - [Link] - Comments ()
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26.3.03

Luis Delgado não se contém nos seus editoriais do Diário Digital. Dessem-lhe uma bazooca para as mãos e ele percorria o deserto a correr para chegar a Bagdade e pulverizar Saddam Hussein. Dá gosto ver tanto empenho numa guerra, a apoiar Durão Barroso e o amigo americano Bush. Este homem tem convicções, caramba!
Sendo um dos administradores da Lusa, e ainda mais jornalista, podia ser um tanto mais sereno, mais equidistante, menos interventivo. Mas também o jornalismo já não é o que era, não é verdade?

indistinto 02:14 - [Link] - Comments ()
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25.3.03

Os jornalistas estão entusiasmados com a guerra. Com o poderio tecnológico. Com a rapidez da Guerra. "Então, não chegamos amanhã a Bagdad?!"
Quando falam com os peritos, dizem "então mas não temos já tecnologia para evitar acertar nos inimigos?". Já falam da "nossa" tecnologia. Como se esta guerra fosse nossa, só por os americanos serem ocidentais como nós.
Distanciamento, onde te escondeste?
Assim vamos...

indistinto 09:03 - [Link] - Comments ()
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