Assim Vamos

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05.4.03

Não existiu o tal ataque não convencional ao aeroporto como os iraquianos informavam. Temia-se que fosse uma massa humana ou até mesmo armas químicas.
Parece que cada vez mais o regime iraquiano faz bluff mas tem pouco poder. Isto é ainda é mais verdade com o raid dos americanos a Bagdad sul.
indistinto 22:18 - [Link] - Comments ()
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04.4.03

As tropas avançam sobre Bagdad agora sem grande resistência e começa a tomar o aeroporto. A grande Guarda Republicana já estará toda destruída? Ou à espera agora dentro de Bagdad? Nesta altura, se existirem as tais armas de destruição maciça, o regime poderia tentado a usá-las. Espero que não sejam usadas e que o regime não as tenha. Assim, a coligação pode ganhar a guerra militar, mas não ganha a guerra da razão.

No meio da luta pela liberdade do povo iraquiano, um cidadão koweitano interroga-se numa reportagem da BBC: como libertar o povo iraquiano e não libertar o povo palestino? Todos nós perguntamos o mesmo...
indistinto 22:40 - [Link] - Comments ()
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03.4.03

Leio que a teoria do Choque e Espanto foi baseada nos acontecimentos de Hiroshima e Nagasaki, que, diz um dos pensadores, terão poupado milhões de futuras mortes japoneses e americanas... Então, parece que é tudo uma questão de contabilidade...
Felizmente aqui ainda não houve um tal choque, nem sequer o uso de armas químicas que defendem existir no Iraque.

Como os progressos agora são mais lentos (pelas contas dos mais optimistas, a coligação já estaria em Bagdad há uma semana), vou apenas seguindo os maiores progressos. O excesso de pequenos pormenores não chega para perder o meu tempo. A vida continua, cá como lá.

indistinto 23:11 - [Link] - Comments ()
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A coligação avança (não lhes chamemos aliados, por respeito ao esforço de guerra da II Guerra Mundial) e bombardeia intensamente as posições da Guarda Republicana perto de Bagdad.
Não há imagens, nem reportagem, mas com certeza estaremos perante um autêntico massacre. Praticamente sem Força Aérea, que até agora não executou nem uma missão, os iraquianos pouco podem contra o assalto aéreo. Por isso lhe chamo massacre, mas é assim a guerra.

Isto lembra-me a "Estrada da morte", nome dado ao pedaço de auto-estrada que liga o Iraque ao Kuwait. Em 1991, os iraquianos retiravam do Kuwait invadido, por estrada. No entanto, Bush sénior ordenou o bombardeamento em massa das tropas em fuga. Há quem diga que foi um crime de guerra, devido a existir um suposto acordo de retirada.
Pouco noticiado, o que é certo é que milhares de iraquianos foram mortos sem defesa e parece que ainda hoje, ao passar nessa zona, se observam os vestígios desse massacre. Também há que saber ganhar com dignidade.
Este link dá bem uma dimensão dos acontecimentos dessa altura e da violência incrível da guerra -> site Digital Journalist, "The Unseen Gulf War".

indistinto 00:48 - [Link] - Comments ()
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01.4.03

Dia das mentiras. A contra-informação sucede-se de um lado e de outro. Quantos soldados já morreram, foram feridos, de parte a parte? Calculo que estes números sejam maiores do que o anunciado, para se manter a moral em alta na opinião pública dos dois lados.
Li há pouco tempo que na I Guerra do Golfo morreram cerca de 350 soldados da coligação que libertou o Kuwait. Isto numa guerra que foi essencialmente travada pela Força Aérea, com intensos bombardeamentos e uma pequena intervenção terrestre apenas no final. Dá que pensar...
indistinto 01:00 - [Link] - Comments ()
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31.3.03

Reporta a BBC: 12 dias, nem uma cidade tomada. O que parecia um passeio é agora uma incerteza. Estará o Iraque mais forte do que os atacantes previam?

Ao mesmo tempo, os EUA ameaçam a Síria e o Irão. Transformar o Médio Oriente num enorme incêndio não parece inteligente. Saddam não é muito adorado no mundo árabe, mas ataques a outros países são outra história.
indistinto 21:16 - [Link] - Comments ()
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30.3.03

Continua o impasse, a "pausa" na guerra. No meio de uma semana que já fez várias vítimas civis. O caso mais mediático foi o mercado de Bagdad. Certamente um alvo militar onde se escondem temíveis armas de destruição maciça, como couves venenosas ou feijão radioactivo...

As reportagens mais isentas retratam um povo dividido, que não gosta de Saddam mas também não quer os americanos no seu país. As dificuldades humanitárias que já se fazem sentir, também não ajudam. Prometeram-lhes a liberdade, mas matam-lhes os irmãos (civis ou militares), destroem as cidades e dificultam o acesso a água e comida.
indistinto 23:33 - [Link] - Comments ()
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